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Desconfinamento cria mais movimento, mas a normalidade ainda está longe

Redação
Sociedade \ quinta-feira, maio 07, 2020
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Esta semana iniciou-se o processo de desconfinamento e, tal como no resto do país e um pouco por todo o mundo, também os taipenses começam a adaptação a uma nova realidade, que será nada mais nada menos que a normalidade dos próximos tempos.

O pequeno comércio começou a reabrir, serviços como os CTT voltaram ao horário normal e, fruto disso mesmo, o fluxo automóvel e de pessoas nas principais artérias da vila voltou a intensificar-se, numa tendência verificada desde o final da passada semana.

Apesar desse aumento do movimento nas zonas nevrálgicas das Taipas, o mesmo está ainda distante daquilo a que se assistia antes da pandemia Covid-19. O regresso faz-se, inevitavelmente, com entusiasmo, mas acompanhado de equivalente dose de dúvida e incerteza.

Dina Silvério, gerente da Reporfoto, situada na Avenida dos Bombeiros, uma artéria central da vila, traça ao Reflexo a fotografia destes primeiros dias de desconfinamento. “Nota-se que já anda mais gente na rua, mas ainda longe do normal. Temos tido poucos ou quase nenhuns clientes que andam pela rua e entram na loja à procura dos nossos serviços; os clientes que temos tido é tudo por marcação”, aponta a gerente da Reporfoto.

A necessidade das tradicionais fotos tipo passe para as matrículas da escola têm sido, por estes dias, um dos serviços mais procurados pelas pessoas que, têm cumprido com a obrigatoriedade de usar máscara. “Temos essa indicação à entrada e as pessoas estão a aderir bem, até porque vêm por marcação para o efeito. Queixam-se que cansa e incomoda quem usa óculos, mas as pessoas têm cumprido”, refere.

Na Praça Dr. João Antunes as indicações são em tudo semelhantes. O movimento é, inevitavelmente, maior, mas ainda distante da normalidade, conforme explica Paula Silva, gerente a Padaria e Pastelaria Estrela Jóia: “Há muito mais movimento na vila, isso é notório, mas em termo de negócio está igual às últimas semanas apesar de se notar, como disse, muitas mais pessoas pela rua”.

Quanto à questão das máscaras, o ponto de vista diverge, o que se explica pelo tipo de serviço oferecido neste caso. “Em relação ao uso de máscara ainda noto algumas dificuldades na implementação, muitos clientes não usam, tendo de ser nós a explicar que é obrigatório para o bem de todos”, assume.

Ainda que chame regresso à normalidade, a realidade é que este desconfinamento está longe dos padrões a que estávamos habituados. A abundância de pessoas de máscara nas ruas, as filas à porta dos estabelecimentos e as marcações no chão a delimitar a distância social são apenas alguns indicadores.